Construção de paz? O que são os 'círculos' usados para acabar com o bullying em escolas de Campinas

  • 25/04/2024
(Foto: Reprodução)
Na metrópole, alunos participam de iniciativa pelo menos uma vez por semana. Segundo coordenador, estratégia é maneira mais eficaz de intermediar conflitos e abordar questões como respeito e inclusão. Escolas usam 'círculos de construção de paz' para mitigar conflitos e prevenir casos de bullying Jesús Rodríguez/Unsplash Em Campinas (SP), 45 escolas recebem, ao menos uma vez na semana, uma iniciativa conhecida como “círculos de construção de paz”. A estratégia é, segundo o coordenador, a maneira mais eficaz de intermediar conflitos e, consequentemente, diminuir e resolver os casos de bullying no ambiente escolar. 🔔 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp 🤝🏻 A iniciativa consiste em reunir alunos – incluindo as vítimas de agressões e os agressores, se necessário – e educadores em uma roda de conversa, em um espaço seguro para trabalhar questões como respeito, inclusão, empatia e comunicação não violenta. 😔 Nos círculos de construção de paz, as crianças e os adolescentes são incentivados a falar sobre os conflitos que aconteceram na sala de aula, mas também têm “carta-branca” para abordar questões trazidas do lado de fora dos muros da escola. “A violência é um grito de socorro. Cada um expressa suas angústias de um jeito. Alguns choram, alguns gritam, e outros cometem violência. […] A ideia não é nomear, nem apontar o dedo, mas ensinar sobre responsabilidade”, explica Mario Marcelo Nicomedes Ramos, coordenador de prevenção e enfrentamento ao bullying. 📊 De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, realizada pelo IBGE, 23% dos estudantes de 13 a 17 anos afirmaram ter sofrido bullying na escola nos 30 dias anteriores à pesquisa. Em contrapartida, 12% dos alunos na mesma faixa etária assumiram ter praticado essa violência no mesmo período. Lei inclui bullying e cyberbullying no Código Penal Justiça restaurativa ⚖️ Ramos explica que os círculos operam sob o prisma da justiça restaurativa, ou seja, a ideia de que os conflitos podem ser mitigados por meio do diálogo. No Judiciário, por exemplo, o termo é usado para definir práticas de resolução de conflitos que evitam a chegada dos casos à Justiça formal. “A cultura de paz não é ausência de conflito. O que a gente trabalha é a forma como se lida com esse conflito. […] Crianças que não se abriam, não sorriam, hoje chego na escola e me perguntam se vai ter círculo hoje”, conta o coordenador. "Na semana passada, teve um caso de cyberbullying que a gente tratou numa escola e foi resolvido com muita emoção, com muita empatia. […] No final, além do entendimento do impacto do cyberbullying, do pedido de desculpa, da emoção que aconteceu, os meninos se abraçando”, relata. ⌛ Em 2019, a Prefeitura de Campinas sancionou a lei que instituiu a justiça restaurativa como política da administração pública para resolução de conflitos. A proposta era a criação de um comitê gestor para mediar acordos para crimes menores, como atos infracionais sem agressões. À época, a proposta era começar o programa justamente pela pasta de Educação. “Acreditamos nesse poder de transformação que a política de educação tem, não só no âmbito pedagógico, mas de formação”, disse a secretária de Assistência Social e Segurança Alimentar, Eliane Jocelaine Pereira. Materiais usados em círculos de construção de paz nas escolas de Campinas (SP) Mario Marcelo Nicomedes Ramos/Arquivo pessoal Concurso de boas práticas na educação Até 29 de abril, o Instituto EP recebe inscrições para um concurso cultural que busca boas práticas na educação, que tem como público-alvo profissionais dos ensinos infantil e fundamental na rede pública. 📚 O concurso faz parte da terceira edição do “Fórum Diálogos na Educação”, evento on-line com transmissão ao vivo que será realizado no dia 23 de maio. Neste ano, o tema escolhido é “Ser e Pertencer no Ambiente Escolar”. Clique AQUI e acesse o regulamento 🖱️ Para participar do concurso, é necessário preencher o formulário de inscrição no site e enviar evidências do projeto, como fotos e vídeos, com até 10 GB. As ações inscritas devem estar alinhadas ao tema e apresentar um ou mais dos seguintes resultados: diminuição de brigas e confrontos físicos; diminuição de violência verbal, hostilidade na fala, uso de termos ofensivos, discriminatórios, preconceituosos e palavrões; melhoria na comunicação interpessoal através do tratamento gentil e respeitoso entre alunos e professores; diminuição dos casos de bullying, observada pela redução de relatos de intimidação, insultos, exclusão social, propagação de rumores ou fofocas maliciosas, ataques físicos ou verbais repetitivos em ambiente desequilibrado de poder; melhorias no desempenho escolar, como ganho de segurança para expressar ideias, sensação de pertencimento no ambiente escolar, maior participação nas atividades e diminuição de faltas; implantação de ambiente seguro e pacífico para encorajar as partes envolvidas em conflito a expressarem suas opiniões e pontos de vista de forma respeitosa, com escuta ativa; desenvolvimento de regras e acordos consistentes para resolução de problemas relacionados à diversidade, construídos a partir do diálogo entre alunos e professores da turma; construção e preservação dos relacionamentos a partir de trabalhos relacionados à diversidade; empoderamento das partes envolvidas, quando os alunos constroem senso de autonomia e responsabilidade em relação às suas atitudes e aos conflitos gerados por elas em suas próprias vidas; melhoria na saúde mental, como diminuição de estresse, ansiedade, depressão, baixa autoestima, isolamento e medo de ir para a escola; melhoria no bem-estar emocional e psicológico dos alunos, através da valorização e respeito à identidade cultural, linguística, religiosa, racial, de gênero, de condição física e/ou mental, entre outras características; desenvolvimento de oportunidades, com descobrimento e desenvolvimento de talentos, habilidades e perspectivas, oportunizando o crescimento e desenvolvimento dos alunos. 2º Fórum Diálogos na Educação, realizado pelo Instituto EP Ana Marin/g1 Resultado O projeto vencedor será publicado no site da EPTV, afiliada da TV Globo, e nas páginas do g1 em Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e no Sul de Minas no dia 20 de maio. Além disso, a iniciativa selecionada será exibida em uma reportagem e nas redes sociais do Instituto EP. Veja, no vídeo abaixo, o projeto vencedor em 2023: Na 2º edição, Fórum Diálogos na Educação debate fortalecimento dos vínculos na escola VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

FONTE: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/educacao/noticia/2024/04/25/construcao-de-paz-o-que-sao-os-circulos-usados-para-acabar-com-o-bullying-em-escolas-de-campinas.ghtml


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