Procon registra aumento de 32,5% no número de reclamações de compras online em Piracicaba
24/04/2024
(Foto: Reprodução) Quantidade de queixas no primeiro trimestre foi de 520 para 689 em 2024, principais motivos são problemas com entregas dos pedidos e cobranças. Campinas e Piracicaba têm alta em reclamaçãoes por compras pela internet
O número de reclamações de consumidores que fizeram compras pela internet aumentou 32,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2023 em Piracicaba (SP), segundo o Procon-SP. (2)
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No ano passado, foram 520 reclamações de pessoas que tiveram problemas com compras online. Já nos três primeiros meses de 2024, foram 689 registros.
Na comparação anual, também houve um crescimento de 2022 para 2023: o número foi de 1878 reclamações para 2325, um aumento de 23,8%.
O Procon-SP dá também algumas dicas para os consumidores evitarem problemas com lojas online. Confira:
desconfiar de produtos muito baratos,
comprar sempre em sites oficiais,
verificar a aba 'evite esses sites' no site Procon,
buscar nas redes sociais para ver se há reclamações de outros consumidores.
Segundo o órgão, os principais motivos de reclamação foram problemas com a entrega de produtos e com as cobranças feitas pelas empresas.
Essas cobranças podem ser indevidas, gerar dúvidas sobre valores ou contestação de cobranças e valores não reconhecidas pelos consumidores que fizeram a compra.
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Divulgação/ Fundação Procon
Reflexo da pandemia
As vendas online se popularizam bastante durante a pandemia e se mantém em alta mesmo com o fim do isolamento social. É que além da facilidade e comodidade, os consumidores encontram muitas promoções e preços mais atrativos na internet em comparação às lojas físicas.
Além das reclamações relacionadas às entregas e cobranças, o Procon também recebeu queixas sobre contratos de compra e venda, canais de atendimento ao consumidor disponibilizados pelas empresas, qualidade dos produtos e também informação e segurança dos itens comprados.
Para o órgão, o aumento no número de reclamações acompanha o aumento das vendas online, mas também existe o fator do despreparo por parte dos comerciantes.
"Existe um despreparo por parte do fornecedor. Ele não está habituado a esse volume muito alto, ele não está preparado para isso, então acaba gerando reclamações por parte do consumidor", afirma o coordenador do Núcleo Regional do Procon-SP Alahyr Júnior.
Isso ocorre principalmente com microempreendedores ou pequenas empresas que passaram a vender pela internet, principalmente, durante a pandemia.
Como vender online?
Para evitar conflitos com os consumidores, é essencial que os fornecedores se adaptem à demanda de pedidos para evitar problemas na hora de entregar os produtos. Independente do tamanho da empresa ou do canal utilizando, segundo o Sebrae-SP, é importante que o cliente seja o centro do negócio.
"Vender pela internet não é só colocar o produto lá e falar assim, pronto, ele se vendeu sozinho. A gente fala que as pessoas que estão comercializando pela internet, formal ou informalmente, produtos novos ou usados, elas precisam ter o comportamento de um empreendedor que vai atender um cliente", diz Taís Camargo, consultora de negócios do Sebrae.
Segundo Taís, esse comportamento significa a empresa ter comprometimento com o cliente e correr riscos calculados, sabendo quanto tempo demora para realizar uma entrega de produto ou serviço. Para isso, é preciso entender os processos internos do próprio negócio para garantir a satisfação do comerciante e do consumidor.
"Dessa forma, ainda que haja problemas nas transações, haverá transparência. "A gente não tem controle sobre todos os processos que estão acontecendo ali internamente, mas o meu cliente precisa ficar sabendo antes de todo mundo", diz.
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