SP volta a registrar mais de 15 casos de coqueluche pós-pandemia; especialistas dizem que não há surto

  • 16/04/2024
(Foto: Reprodução)
17 casos foram registrados até abril, nenhum óbito. Doença ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade. Segundo os especialistas, quase sempre estão relacionadas à falta de vacinação. Principal prevenção contra a coqueluche é a imunização Odair Leal/Sesacre A cidade de São Paulo registrou 17 casos de coqueluche até abril deste ano, segundo os dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em 2020, 2021, 2022 e 2023, os registros não passaram de 12 em cada ano, por causa da pandemia de Covid-19, que restringiu o acesso ao sistema de saúde e doenças foram subnotificadas. Os casos registrados neste ano são quase o total de registrados em 2019, quando 19 casos foram computados na cidade durante todo o ano. Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp De acordo com a secretaria, nenhum óbito foi registrado até agora no município. Entre os 17 registros deste ano, três casos ocorreram na Zona Oeste, no bairro de Alto de Pinheiros, e são de pessoas que residem no mesmo domicílio. Os casos foram registrados nos seguintes distritos, segundo a prefeitura: Alto de Pinheiros: 3 casos Jardim Ângela: 2 casos Cursino: 2 casos Sacomã: 2 casos Itaim Bibi: 1 caso Jardim Paulista: 1 caso Pinheiros: 1 caso: 1 caso Santa Cecília: 1 caso Vila Mariana: 1 caso Vila Andrade: 1 caso Lajeado: 1 caso Jardim São Luiz: 1 caso A coqueluche é uma doença infecciosa aguda de transmissão respiratória e imunoprevinível, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade. Número de casos da coqueluche aumentou nos últimos meses na capital paulista. Reprodução TV TEM As autoridades sanitárias da capital afirmam que a maioria dos casos está relacionada à ausência de vacina ou ao esquema vacinal ausente incompleto. “O tratamento é realizado com antimicrobianos disponíveis nos serviços de saúde em toda cidade. A vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche e as vacinas podem ser encontradas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas”, declarou a secretaria da Saúde. A capital paulista tem pelo menos dois tipos de imunizantes disponíveis na rede pública de saúde: Vacina coqueluche de células inteiras: destinada às crianças menores de 7 anos de idade; Vacina coqueluche acelular (vacina dTpa): destinada às gestantes, com o objetivo de conferir proteção aos recém-nascidos seja pela passagem de anticorpos maternos ou indiretamente, por conferir imunidade para a mãe. Vacina-se também o grupo de profissionais de saúde que prestam atendimento a essa população de recém-nascidos. A carteira de vacinação tem que ser atualizada contra a coqueluche. Divulgação/ TV TEM Aumento de casos não é surto Especialistas consultados pelo g1 afirmam que a cidade não vive nenhum surto até o momento, em virtude de o número de casos ainda estar controlado. Em 2014, por exemplo, a cidade teve ao menos 659 casos registrados, que causaram a morte de 16 crianças. Casos de coqueluche registrados na cidade de São Paulo em 2024, segundo a prefeitura de SP. Reprodução/Prefeitura de SP. No ano anterior, 2013, o total de óbitos foi de 18, mas o número de casos foi quase a metade de 2014: 376 registros de crianças com coqueluche. “Na verdade, nós retomamos os números que tínhamos pré-pandemia. Por ser um agente de transmissão respiratória, o período de uso de máscaras e melhoria na higiene durante o início da era covid e a diminuição na busca ativa podem ter reduzido as detecções. Esse número ainda pode aumentar, a redução na vacinação materna pode proporcionar isso. Surto é um aumento de casos acima do esperado em uma região, local ou até em um hospital, como falamos de valores similares aos últimos anos pré-pandemia, não sei dizer se era inesperado”, afirmou o coordenador de Infectologia pediátrica da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), Marcelo Otsuka. Os médicos Marcelo Otsuka e Renato Kfouri. Montagem/g1/Divulgação Mesma avaliação do infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria. “A definição de surto, cada um tem usado de um jeito, mas a gente chama de surto comunitário, quando você tem uma região, um bairro, uma cidade, um estado. Muitos casos não relacionados entre si, acima da ocorrência normal. Então, você define isso como um surto. Um surto comunitário, e aí você tem um surto institucional, que é dentro de algum lugar, surto numa escola, surto numa creche, surto no aniversário, surto em uma empresa, surto numa família, um surto familiar, esses três casos, um surto familiar de coqueluche”, afirmou. “O aumento de casos, em geral, a gente considera sempre uma observação de se está tendo registros mais ou não. Então depende muito da sensibilidade, quanto estão testando. Nesse caso, é para ficar de olho. No mundo inteiro está tendo aumento de casos de coqueluche, em diversos países. Aqui no Brasil a gente, na prática, já está vendo um ou outro caso. Em São Paulo há um aumento de casos esperado, mas não se pode falar em surto de coqueluche ainda não”, declarou Kfouri.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/04/16/sp-volta-a-registrar-mais-de-15-casos-de-coqueluche-pos-pandemia-especialistas-dizem-que-nao-ha-surto.ghtml


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